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Seus
olhos eram azuis como o céu, quase como se fossem transparentes. Parece que
ficavam mais azuis assim, perto de todo esse verde. As folhas nas árvores, os
troncos, a terra, tudo tinha essa luz dourada das 5 da tarde. Olhei para suas
mãos, mãos que eu amava sentir em meu rosto enquanto me beijava, mãos que
seguravam as minhas e me passavam tranquilidade, mãos que cuidavam... Mãos que
transmitiam paz. Essas mesmas mãos estavam com a luz dourada. As minhas também
estavam, e eu podia sentir o calor do sol, mas o sol parecia apenas uma fagulha
perto do calor que você me passa.
Olhei
outra vez para os seus olhos, que fitavam o céu distraídos. Seu nariz, perfeito,
com pequenas manchinhas, suas famosas sardas. As garotas falavam muito das suas
sardas, mas eu nunca me importei com elas, porque sabia que você era meu. Não.
Nunca fui uma pessoa possessiva assim, mas nós dois sabíamos que éramos um do
outro. E nada jamais mudaria isso.
Agora
eu olhava para sua boca. Os traços delicados também recebiam aquele dourado da
tarde. Você era a mais perfeita obra de arte. Uma obra que eu queria tocar, uma
obra que eu podia beijar e cuidar. Mas obras de arte não são feitas apenas para
serem admiradas? Não me importo.
Eu
te perguntei no que estava pensando, e então você olhou pra mim com um sorriso
leve. Eu conheço bem esse sorriso. Era o mesmo sorriso que você usava quando
queria dizer que não entendeu algo, mas não diria isso. Você achava que seria
grosseria, então ficava ali, com aquele sorriso, esperando eu dizer outra vez.
Eu disse que não tinha falado nada de importante, então você se deitou na grama
e fechou os olhos, e eu me deitei ao seu lado.
Depois
de olhar por um tempo as nuvens, me virei para você, e acho que você ouviu o
som da grama embaixo da minha cabeça, porque se virou para mim também. Ficamos
ali, nos olhando, até que você sorriu, então eu sorri também. Estávamos nos
banhando naquela luz dourada. Parecia que éramos o próprio outono. Quando eu
menos esperava, senti seus dedos se entrelaçarem nos meus. Deixei que sua mão
se encaixasse na minha, e poderia deixar para sempre assim. Agora era eu quem
sorria, mas de olhos fechados. Talvez eu soubesse que você faria isso, mas só
tive a certeza quando senti seus lábios pousarem suavemente sobre os meus. O
toque era doce e macio. Mesmo com os olhos fechados, eu podia sentir a luz
dourada, e o calor dela. Enquanto você me beijava, o sol nos beijava ternamente
com sua luz dourada. Era uma tarde dourada, com nós dois ali, dourados, em um
beijo dourado.
Que fofo esse texto
ResponderExcluirQuando tudo foi lindo
Era uma tarde dourada
Um sentimento bem vindo
No coração se deitava
E aguentava sorrindo
Um sentimento que amava
Cores mais quentes do inverno
Seriam frias sozinhas
Sentia mesmo no interno
O amor mais puro que tinhas
Mesmo que fosse um inferno
Saber que o sono não vinha
Olhava em olhos profundos
Beleza grande a brilhar
Com sentimentos dourados
Que realçaram o mundo
De olhos bem arquejados
Abrindo e tentando me olhar
Olhares sim que não paravam
No verde quente da tarde
E que no pôr se deixavam
Causar no amor um alarde
No fim apenas deixavam
Sentir que não era um covarde
Brisa esfriando matina
Num Hall chamado amor
Os corpos quentes em cima
Da arte sem ter pudor
Os corações inocentes
Parados nesta alegria
Apenas dois adolescentes
Um deles pássaros ouvia
Outro cerrando os dentes
Ansiedade sentia
Os traços mais delicados
As sardas mais engraçadas
Eram de amores dourados
Por muitos assim caçadas
Mas lindas íris pousavam
E a mim eram amadas
No fim a gente sabia
Que essa leve faísca
Era o calor que temia
E este olho azul pisca
Gravando pra sempre este dia
No fundo ambos se amavam
A mim só pertencia
Quando os dois se beijavam
Certeza enfim eu sentia
Que eram dois que amavam
Isso ninguém mudaria
******Que fofo esse texto
ResponderExcluirQuando tudo foi lindo
Era uma tarde dourada
Um sentimento bem vindo
No coração se deitava
E aguentava sorrindo
Um sentimento que amava
Cores mais quentes do inverno
Seriam frias sozinhas
Sentia mesmo no interno
O amor mais puro que tinhas
Mesmo que fosse um inferno
Saber que o sono não vinha
Olhava em olhos profundos
Beleza grande a brilhar
Com sentimentos dourados
Que realçaram o mundo
De olhos bem arquejados
Abertos tentam me olhar
Olhares que não paravam
No verde quente da tarde
E que no pôr se deixavam
Causar no amor um alarde
No fim apenas achavam
Que amar não era covarde
Brisa esfriando matina
Num Hall chamado amor
Os corpos quentes em cima
Da arte sem ter pudor
Os corações inocentes
Parados nesta alegria
Apenas adolescentes
Um deles pássaro ouvia
Outro cerrando os dentes
Ansiedade sentia
Os traços mais delicados
As sardas mais engraçadas
Eram de amores dourados
Por muitos sim caçoadas
Mas lindas íris pousavam
E por mim eram amadas
No fim a gente sabia
Que essa leve faísca
Era o calor que temia
O olho azul assim pisca
Gravando eterno este dia
No fundo ambos se amavam
A mim só pertencia
Quando os dois se beijavam
Certeza enfim eu sentia
Que eram dois que amavam
E isso ninguém mudaria
Own, Obrigado :3 muito fofo seu poema
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